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PRODUTORES PF LIDERAM PEDIDOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL NO AGRO NO 1º TRI

Altos custos, prazos longos para receber e maiores garantias em empréstimos são alguns dos motivos para o alto endividamento

O agronegócio brasileiro registrou 389 pedidos de recuperação judicial no primeiro trimestre de 2025, segundo levantamento inédito da Serasa Experian. O número representa um aumento de 21,5% em relação ao trimestre anterior e inclui produtores rurais pessoa física e jurídica, além de empresas da cadeia produtiva.

De acordo com os dados, a maior parte das solicitações veio de produtores pessoa física, que somaram 195 pedidos no período — uma alta de 39,2%.

Para o head de agronegócio da Serasa, a alta nos pedidos de recuperação judicial reflete um momento financeiro mais desafiador influenciado por oscilações nos preços das commodities e por uma oferta de crédito mais criteriosa.

“Muitos produtores enfrentam custos altos, prazos longos para receber, maior exigência de garantias e dificuldades na rolagem de dívidas, fatores que pressionam o caixa e reduzem as margens para manobras”, afirmou.

Mesmo assim, o especialista pondera que é fundamental considerar que o número absoluto de solicitações “segue sutil” frente ao universo de cerca de 1,4 milhão de produtores que tomaram crédito rural no país nos últimos dois anos.

Entre os produtores pessoa física, os maiores demandantes foram os que não possuem registro de propriedade, como arrendatários ou membros de grupos familiares, que responderam por 72 solicitações. Em seguida aparecem os grandes produtores (53 pedidos), pequenos (38) e médios (32).

“Esse é um perfil que costuma operar com margens mais estreitas, pois além dos custos da atividade em si, arca com despesas adicionais, como o pagamento pelo uso da terra. Então, em cenários de maior volatilidade climática e de crédito, encontram desafios maiores na gestão financeira e no acesso a garantias, o que explica, em parte, a busca por instrumentos de reequilíbrio judicial”, explica.

Já os produtores pessoa jurídica registraram 113 pedidos nos três primeiros meses do ano, crescimento de 2,7% frente ao trimestre anterior e de 31% em relação ao mesmo período de 2024.

Os segmentos mais afetados foram a criação de bovinos (42 pedidos) e o cultivo de soja (59).

Entre as empresas relacionadas à cadeia do agronegócio, foram 81 solicitações — alta de 15,7% no trimestre e 5,1% em um ano.

O comércio atacadista de produtos agropecuários primários liderou os pedidos com 23 registros, seguido por agroindústrias de transformação primária (14) e comércio atacadista de produtos agropecuários processados (14).

Saiba mais.

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